Vivendo um dia de cada vez . . . Porque o futuro a Deus pertence.







terça-feira, 29 de junho de 2010

Da desconfiança à descoberta . . .

Tudo começou à um ano atrás . . .
Na altura o Afonso tinha um ano e meio, cheio de energia, alegre, . . . sempre foi muito activo, com 3 meses já rebolava, aos 5 sentou, aos 7 gatinhou, com 9 deu os primeiros passos e aos 11 andava sem medo e corria a casa toda  . . . os dentes . . . esses só apareceram quase com um ano de idade.
Está na creche desde os 4 meses e estavam a chegar as férias, o Afonso começou a falar cada vez menos, ou melhor usava as palavras que tinha aprendido cada vez menos e isso chamou a minha atenção, vieram as férias e ele preferia ficar sozinho no seu quarto com os seus brinquedos, não olhava quando o chamavamos . . . algo não estava bem. A escolinha recomeça e eu procuro a sua Educadora, e exponho os meus receios pedindo que ela esteja atenta e me dê a sua opinião. Entretanto começo uma busca de informação, para tentar perceber, eram muitos os problemas possiveis, não sabia explicar mas achava que o Afonso era autista, tentava pensar que seria apenas um atraso de desenvolvimento mas, a palavra autismo ecoava no meu cérebro.
A opinião da Educadora coincidia com a minha, estava na hora de procurar ajuda especializada pois não era "impressão minha".
Na consulta com a sua pediatra, exponho todos os factos, todos os meus medos e receios, apreensiva a pediatra encaminhou-o imediatamente para a consulta de pediatria de desenvolvimento, mas apenas quando eu perguntei abertamente se o Afonso seria autista é que ela muito admirada me diz, que ele tinha comportamentos do espectro autista.
A minha intuição não falhava, o meu mundo desabou . . . era o dia do meu aniversário.
De repente senti-me perdida, sem saber o que fazer . . . e nem toda a informação que tinha recolhido e lido anteriormente me prepararam para o choque da realidade.
Felizmente tenho um marido e o Afonso um pai que olha os problemas de frente sem se deixar intimidar, obriguei-me a reagir . . . chorar não ajudava em nada o meu menino.
Sofri muito, sofremos todos, os avós esses então negaram-se a aceitar, foi muito dificil.
Seguiram-se consultas em dois pediatras de desenvolvimento, avaliações com uma equipe especializada, o exame aos PEA (potenciais evocados auditivos) que resultou normal.
E logo de seguida começou a terapia de psico-motricidade.
Seguiu-se a consulta com o neuropediatra Dr Luis Borges, todos concordam com o diagnóstico de comportamentos do espectro autista.
Que fazer??????
Que fazer para ajudar o Afonso??????????
Terapias, era a resposta.